O aposentado, como
passatempo, necessitara inventar alguma ocupação. O manejo da terra, no
terreno, constituiu-se numa tarefa. Uma maneira de manter ativo o vigor!
Um amontoado de espécies,
como filho das colônias, ganhara plantação e produção. As primeiras horas
matinais, em função do baixo sol, eram dedicadas ao trabalho!
Os produtos, com frescor
e vigor, mantinham-se ao consumo familiar. Os artigos, alheios aos venenos,
puderam ser ingeridos com coragem e prazer!
A abundância, para evitar
desperdícios, consistiu em fazer doações! Amigos e vizinhos, em ocasionais
sacoladas, viram-se presenteados. Outro prazer havia em simplesmente dar!
O especial vizinho,
dono de mercado, incluiu-se entre os beneficiários. Este, numa oportunidade,
ganhou as graúdas abobrinhas. Elas seriam restritas ao autoconsumo!
O esperto, no tradicional
tino comercial, extrapolou a regra. As unidades, antes do previsto, ganharam a
prateleira das verduras. A mercadoria seria outro mero negócio!
O reconhecimento, num
assombro, levou a perda do cliente e doações. A confiança havia sido traída. O senhor
doador careceu até de frequentar o estabelecimento!
Os velados acordos, como pré-combinados, precisam ser cumpridos
a risca. A excessiva esperteza, em restritos momentos, prejudica mais do que auxilia!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Abóbora
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