O
camarada, depois de certa idade, pensa ter visto tudo. O fato revela-se uma
bela e doce ilusão. Alguns gestos e situações, pela coragem e inovação, surpreendem
até o veterano!
Uma
cena, esdrúxula e rara, sucede-se na estrada colonial. Dois moradores,
apressados na era global, dirigem as econômicas motos (na direção do comércio da
cidade).
Os
motoristas, paralelos à direção, estabelecem animada conversação. A oportunidade,
como improvisados mascates, define alguma transação!
A
mercadoria, na silvicultura, revela-se compra e venda de madeira em metro. O
produto, base na fabricação do carvão vegetal, mantém-se avaliado e procurado
no mercado!
A
pressa, sinônimo de dinheiro, achegou-se no interior! Os moradores, a
semelhança das cidades, desdobram-se em correr. As contas pressionam nos crediários
e financeiras!
O
desenfreado consumo, com ilimitados desejos e necessidades, deixa adoidado e
afobado os consumidores. Estes, como felicidade, atualizam-se e entopem-se de artigos!
O
tempo, a conversação e curtição, vê-se escasso. A filosofia consiste em
ostentar e ter. O descarte e eliminação, antes do previsto, tomam conta do
amontoado de excessos!
O mundo, até nos
cubículos e grotas, tornou-se um imenso e tremendo mercado persa. A agitação e pressa ostenta-se exagerada sob o
temor de consumir e viver pouco!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://serconsumista.zip.net
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