Os irmãos festejaram o
aniversário do beltrano. Os familiares, entre filhos, noras, netos e sobrinhos,
afluíram ao evento. A distração fora de jogar conversa fora!
Aquela churrasqueada,
regada a bebedeira, saladas e som, complementou o evento. O detalhe, com a
adoentada matriarca, sucedeu-se no proposital esquecimento!
A senhora, através da
estranha fala, ficou sabendo da ímpar confraternização e reunião. O espanto,
diante da ausência de convite, revelou-se uma choradeira e lamúria!
A realidade dos
fatos, como matriarca, parecia inacreditar no procedimento. Os seres, em maior
consideração e confiança (na avançada idade), viam-se ainda os próprios filhos!
A anciã, na tristeza,
externou: “- O pessoal, na chácara, promoveu o aniversário do beltrano! A turma,
na ocasião, excluiu-me da reunião familiar!”
A decepção, com os
outrora mimados rebentos, fez cair o queixo. Como poderiam ter feito tamanha afronta?
A questão, com fratura, revelou-se empecilho em carregar ao lugar!
Os pais, como anciões
em situações, vêm-se empecilho e sobra nas decisões. O conflito de gerações, em
função de diferenças, instala-se nas convivências e relações!
O indivíduo, na
transitoriedade, ostenta certa data de validade. A cabeça, numa altura, quer,
porém o corpo fraqueja! O futuro, numa velada faxina, encaminha triste sina!
As doenças, nalgum momento, avolumam-se no horizonte da
existência. Algumas realidades cortam o coração, porém diante das limitações
não tem o que fazer!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://glaucotavares.blogspot.com.br
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