quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A velha lição


A cidadã, como filha mulher, ouviu a velha lição. A determinação, advinda de gerações, consistia em jamais envolver-se com homens casados!
O princípio, através da tradição oral, foi repassado às filhas. Estas, desde tenra idade, ouviram a recomendação familiar e social! “Na propriedade alheia inconvém investir”!
O casamento, numa altura, começou a fraquejar.  O marido, pai das filhas, priorizou a escolha pelos vícios. A bebedeira e fumo ganharam a preferência das atenções e prazeres!
As frequentes brigas e violências levaram a desestruturação familiar. A separação, depois da concordância dos próprios rebentos, tornou necessária à preservação da vida!
A mulher, para ostentar paz, procurou migrar a outra paragem. Ela, numa sucessão, conheceu vários parceiros. O azar, com namoridos, repetiu-se no cotidiano das vivências!
O relacionamento, nalguns momentos, “envolveu enrolados homens”. A fulana, movida pela extrema carência afetiva, viu-se atraída e traída ao pecado!
O peso da consciência, nas sucessivas semanas, tomou forma. O temor, pela transgressão, relacionava-se as cobranças e correções da própria descendência!
O jeito consistiu em terminar os relacionamentos. A solução foi procurar outra descompromissada parceria. Uma dificuldade, com a idade, decorre da exigente seleção!
O cidadão, neste complexo mundo, nunca pode dizer “dessa água não bebo”! As voltas e reviravoltas revelam-se dinâmicas e rápidas nos acontecimentos e situações!
A vida, em segundos ou minutos, pode depara-nos com alguma volta de cento e oitenta graus. As crenças e valores, com a globalização, mudaram com as facilidades das comunicações!

                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.reisman.com.br/

Os méritos


O cidadão, educado na fórmula das necessidades de reservas financeiras, administrou determinada instituição. Ele, às emergências, conseguiu avolumar grandiosa poupança!
A reserva, na oscilação econômica, daria para custear os salários de meses. A aposentadoria, depois de anos de administração, levou a entrega da função!
O novo chefe, na fartura, achegou à festa. Este, como ousado administrador, gastou as valiosas reservas. Empréstimos, para completar investimentos, foram necessários!
O resultado, na história, relacionou-se a fama. O segundo, como gestor, ganhou os elogios e méritos. O primeiro ficou no conceito de inerte e medroso!
A economia retrata a lógica: o administrador poupador e racionalizador sedimenta o caminho à excelente gestão sucessiva. Dinheiro em caixa disponibiliza e reforça créditos!
O difícil, em meio à margem estreita de lucros e variadas necessidades, consiste em fazer sobrar. As reservas, em contragotas ou migalhas, avolumam-se em anos ou décadas!
Os gastos, com alheias poupanças, dispensam maior necessidade de formação e especialização. “A fama, em muitos exemplos, recai naqueles que pouco a merecem”!
O cidadão, nas muitas e vultosas compras e investimentos, desconhece os reais interesses em jogo. A astúcia humana, para enganar e ludibriar, carece de limites e possui uma criatividade infindável!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O garanhão


A viúva, depois de alguma procura, achou o arrumado e preservado cidadão. Este, muito curtido e rodado, ostentava-se “aquele cara e boa pinta”!
O relacionamento, depois do encantamento e galanteio, tomou ares profundos. Alguma visita familiar aproximou e intensificou as amorosas relações!
Os bailes, jantas e passeios estreitaram a convivência. Alguma cervejada, como bebedeira, somou-se as festanças. As intimidades, como experientes adultos, tomaram vulto!
Os desejos levaram ao efetivo conhecimento mútuo. A surpresa, na derradeira hora, adveio no fraquejo da eficiência. O cidadão viu-se traído pela parte própria!
A decepção e frustração, da parceria feminina, definiram os trâmites sucessivos. A mercadoria, na aparência bela e bonita, carregava fraquejos e problemas!
A habilidade e qualidade, em forma de carinho e vigor, mantinha-se deficiente! As aparências descreviam uma realidade. As práticas escamoteavam as fraquezas!
O belo e bonito, “atirado por aí dando sopa”, esconde algum “ensacado coelho”. As aparências e opulências suprimem as carências e deficiências!
O consumidor enfatiza a praticidade e serventia do produto. O cidadão, em situações, vê-se traído pelo estado de espírito ou inspiração do momento!
                                                 
                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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O descaso


O convite, ao evento social familiar, atraiu mãe e filho. A confirmação, da especial sobrinha, via-se a excepcional comemoração no interior do templo!
A pregação pastoral, com a tradicional prédica, revelou-se o auge do encontro. O público, afixado e concentrado nas mensagens e palavras, via-se sereno e silencioso!
O rapaz, bem vestido junto à embonecada mãe, demonstrou indiferença. O celular, nalguma provável averiguação das mensagens ou joguinhos, era o centro das atenções!
A cerimônia ostentava-se aquele descaso. O moço parecia trancafiado naquele ambiente religioso! A gritante má educação chamou atenção dos presentes!
O público, no manejo das teclas, estranhou a esdrúxula atitude e comportamento. O camarada, numa comodidade maior, poderia ter ficado nos jogos eletrônicos de casa!
O celular, no cotidiano dos afazeres, assume contínua ocupação e tempo. A revolução das informações encurtou distâncias e mudou costumes!
Os ambientes, próprios às ocasiões, exigem postura adequada dos cidadãos. Os pais, “no pode tudo”, deixam de explicar e impôr limites e valores aos rebentos!
As pessoas, na prática do ato, carecem de compreender o indigesto e ridículo. A vestimenta carece de definir o caráter dos indivíduos!

                                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

O moderno


O consumidor, numa necessidade de serviço, encontrava-se próximo ao estabelecimento. Ele pensou: “- Vou aproveitar a caminhada para pedir a revisão”!
O procedimento viu-se executado sem floreios e rodeios. O curioso, como informação, consistia em não haver expediente naquela ocasião!
Um modesto telefonema teria abreviado tempo e evitado o deslocamento. A realidade, no cotidiano das vivências, tem sido essa: os aparelhos nunca param!
As pessoas requisitam dados e informações. O atendimento teleguiado tornou-se preferencial. O presencial, da conversa de olho no olho, encontra-se demorado e secundário!
A tecnologia adveio para facilitar a vida. As pessoas tornaram-se reféns dos artigos. Os aborrecimentos e atropelos, com pilhagens e vigarices, revelam-se rotineiros!
O cidadão, em momentos, quer economizar e ganhar tempo. Os desejos, na prática, revelam-se desperdícios! O bom senso e a esperteza precisam predominar nos atos!
O cidadão, nos ventos da época, precisa valer-se dos benefícios, porém jamais ser escravo das melhorias. O comum e tradicional, diante do colapso ou inércia do moderno, mantêm a serventia e utilidade!

                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

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A assistência


A moça e o rapaz, colegas e criados de infância, estabeleceram numa ocasião o namoro. A afinidade e convivência acirraram a afeição e o carinho!
As esperanças e sonhos, da união familiar, viram-se estabelecidos. O infortúnio, numa imprevista doença, abateu-se sobre a jovem moça!
Os tratamentos, de algum tumor cancerígeno, viram-se intensos. O desfecho, depois de incontáveis sofrimentos, resultou em poucos meses de existência!
O elogiável relacionou-se ao comportamento do namorado. O moço, a todo o momento, manteve-se presente e unido à adoentada namorada e sofrida família!
A atitude, como anjo e iluminado ser, suavizou sofrimentos. O fulano, em meio aos diários atropelos, deu-se tempo e trabalho para estar no pé da cama!
A grandiosidade do espírito demonstra-se no cotidiano dos atos. O derradeiro amor concretiza façanhas inimagináveis! A dor alheia torna-nos mais humanos!
Algumas pessoas, nas alheias vidas, mostram-se verdadeiros anjos. O indivíduo, na breve passagem terrena, precisa ser ciente da missão divina!
                                                                                                     
                                                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A arrumação


O cidadão, no ente público, carecia de dar um jeito na organização. Os avisos e pedidos, de amigos e colegas, faziam a mínima diferença! O descaso instalara-se como princípio!
Os materiais, sobretudo papéis, viam-se estirados no ambiente. O visual horrendo, sobretudo da escrivaninha, apresentava-se inconveniente as eventuais visitas!
A situação, por dias e meses, arrastava-se naquele caótico quadro. Os colegas conheciam a tradicional desorganização do companheiro e parceiro!
A senhora moça, ligada à faxina, deparou-se com a nojeira diante do descalabro. Ela, nos surtos dos dias da generalizada limpeza, processou uma revolução!
A fulana tratou de arrumar, descartar, remanejar o lugar. O ambiente, em momentos, adquiriu outros ares e cheiros! A visão manteve-se aconchegante e organizada! 
O estabelecido, diante de não mexer no alheio bem, adveio através de subterfúgio. A justificativa, diante do reclamo, foi externada: “– Colega! Ordens da chefia!”.
O camarada, a inventada superior determinação, deixou de espernear! Ordens precisam ser acatadas e realizadas! A transferência, a lugar ermo, vê-se realizada e temida!
As pessoas acham-se dentro da forma particular de ordem e organização. O ente público, em meio aos muitos rodízios de pessoal, carece de bens ou espaços de uso privado!
As mentirinhas, num jogo de palavras, fazem diferença nas interpretações e resultados. O indivíduo, através das apropriadas formulações e palavras, pode dizer tudo a todos!

                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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O ato precipitado


Uma senhora moça, em função dos problemas amorosos e psicológicos, vivia a importunar-se. Os relacionamentos, com familiares, causavam aborrecimentos e conflitos!
A cidadã, numa oportunidade de outra tradicional crise e desavença, tomou a atitude radical. Ela, num ato impensado e precipitado, ingeriu a demolidora soda cáustica!
A tamanha fúria, com problemas no sistema nervoso, causaram danos irreversíveis. A cidadã, depois de concretizado o ato, sofreu danos e dores terríveis nas horas sucessivas!
O arrependimento e desespero levaram a implorar em não querer morrer. O destino, no entanto, encontrava-se selado e traçado! O interior do corpo via-se consumido e dilacerado!
A vítima, diante dos choros, gritarias e rezas, carecia de reverter o caminho derradeiro! Uma morte trágica, de doer e revolver o coração de quaisquer viventes, havia sido incutida!
A disponibilidade do produto, guardado num lugar reservado, levou a desgraça. A atitude depressiva e precipitada levou a postura irreversível!
O cidadão precisa precaver-se nos momentos das bonanças para evitar as desgraças nos impróprios. As brincadeiras e riscos, com a sorte, acabam nalgum momento no infortúnio!
O indivíduo, diante do estresse e precipitação, necessita ostentar distância de artefatos e artigos belicosos. Ações impensadas e precipitadas, depois de efetuadas, originam arrependimentos e pesos de consciência!

                                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://olhares.uol.com.br/

domingo, 27 de outubro de 2013

Aos cuidados


         A filha, da idosa mãe, cuida com amor e carinho. A anciã, em décadas de convivência, revela-se uma companhia abençoada e agradável!
A responsável, numa ocasião, precisou dar um rápido passeio. O evento social da sobrinha, numa confirmação, obrigou a momentânea saída!
A mana, outra filha da idosa senhora, foi solicitada em cuidar uma singela noite. Ela, na ocasião excepcional, deveria hospedar algumas horas a enviuvada e valiosa mãe!
A surpresa, diante da negação, fez cair o queixo. A fulana arrumou desculpas para safar-se dos cuidados e obrigações! O detalhe reforçou a outra face da irmã!
A casa, como esfarrapada desculpa, carecia de espaço. A anciã, por vias das dúvidas, deixou de saber do ocorrido! As mães, em situações, desconhecem os próprios filhos!
A triste sina de jovens carecerem de amparar e cuidar de quem lhes deu a vida. As visitas dos pais deveriam ser um especial acontecimento em quaisquer lares dos rebentos!
Os herdeiros mostram-se apressados na divisão dos espólios e morosos nos atendimentos das necessidades. Os exemplos, repassados aos filhos, são o futuro reservado!
As pessoas, nas encruzilhadas das estradas da existência, surpreendem os semelhantes. As famílias, no interior dos clãs, possuem alegrias, diferenças e intrigas!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.bancodasaude.com/

O natural


O cidadão urbano-rural, carregado de produtos da terra, aconchega-se a cidade grande. Uma porção de artigos, entre carnes, frutas e hortaliças, avolumam-se no porta mala!
O objetivo, diante do elevado custo de vida, consiste em diminuir dispêndios. O trabalho de formiguinha, de levar e trazer, tomou vulto. O veículo facilita manejo e transporte!
O gato do vizinho, no compasso de espera, ganha algum naco de carne. Este, numa ingrata surpresa (diante do instinto felino pelo produto), rejeita o pedaço como cardápio!
O detalhe liga-se ao desconhecimento do alimento cru. O acomodado e privilegiado bicho encontra-se acostumado às onerosas e ressecadas rações!
Os conhecimentos, dos produtos da terra (sem agrotóxicos, conservantes e hormônios), mostravam-se ausentes ou ignorados. O fabricado, como apetitoso e prático, favorece o consumo!
O idêntico aplica-se a inúmeros humanos: rejeitam o natural em troca do artificial. A vida urbana aboliu conhecimentos específicos das produções e trabalhos!
Os artigos, sem maior procura e suor, encontram-se disponíveis nos mercados. O segredo resume-se unicamente em aprender e saber ganhar dinheiro!
Os seres humanos, na História, mostram-se filhos do meio e época. Os curiosos carecem de satisfazer-se unicamente com o mero consumo dos alimentos!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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sábado, 26 de outubro de 2013

A ingrata surpresa


O camarada, como assalariado profissional, apressa-se para chegar ao local de trabalho. Outro dia, como educador, revela-se de atendimentos e reuniões!
Este, apressado como de práxis, caminha por estradas e gramados. O indivíduo, na vida sedentária, possui necessidades de caminhar e movimentar!
O cidadão aproveita o trajeto para exercitar as atividades físicas. O tempo, para maiores caminhadas e corridas, falta numa jornada de três turnos de jornada!
Os compromissos, numa reunião geral, começam cedo no estabelecimento. O curioso: o ambiente vê-se defrontado e impregnado com impróprio cheiro!
O fulano, junto a colegas, chega a comentar a indisposição. Os participantes, a título de averiguação, verificam ambientes e calçados. A procedência mostra-se uma incógnita!
O camarada, para certificar-se da situação, reavalia a sola dos sapatos. A ingrata surpresa mostrou-se deveras grande e nojenta!
Uma peça transportava um baita dum bagual. Quê fedor canino? As dificuldades mantiveram-se na limpeza. As gargalhadas, diante do esdrúxulo, viram-se generalizadas!
A vida, sem exceção nenhuma, aplica lorotas e micos. Quem carece das histórias e peripécias? Um alerta, nas próximas incursionadas, ostenta-se em redobrar a vigilância!
Os cuidados, em situações, revelam-se extremos, porém ainda faltam precauções. As enroscadas exigem uma boa dose de cara-de-pau e espírito esportivo!
                                                                      
            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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