quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Correr atrás da bola


O professor, como assalariado da educação, queria mostrar o caminho da labuta ao aluno. Este, no ensino fundamental, fazia um descaso das aprendizagens e tarefas escolares!
O jovem, em função da imaturidade, encontrava-se antenado nas brincadeiras e “peladas esportivas”. O campinho, próximo a casa, ostentava-se o passatempo e preocupação!
O educador conversava e explicava as atividades e conteúdos. O mestre, diante da realidade das carências e violências nas periferias, ocupava-se em dar conselhos e exemplos!
O guri, orientado por algum adulto, revelou-se categórico. A conversa consistiu: “- Professor! Eu quero ser jogador de futebol! Veja a valorização do trabalho do senhor? Vives com horários exprimidos e salário mixo”!
A fala continou: “- Penso correr atrás duma bola! Veja a realidade dos ídolos! Ganham, em pouca idade, dinheiro e fama. Andam com carros e mulheres a toa! Levam vida de marajás!”
O profissional obrigou-se a calar diante a inversão de valores. O trabalho duro e suado, com o mundo das máquinas, parece necessidade e princípio de néscios e tolos!
A mídia vende a imagem da facilidade no mundo dos esportes. O indivíduo precisa seguir a real vocação! O falar e explicar, em certas cabeças e situações, de pouco interessa!
O ensino, em querer enjaular o aluno nos colégios para carecer de correr rua, revela-se equívoco no mundo global. A legislação escolar vê-se elaborada por quem pouco entende do cotidiano das salas de aula!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.raizdavida.com.br

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