O arigó, na
abundância de crédito, queria usufruir da bonança e fartura! Este se fantasiou
de abonado e ousado! A admiração e espanto despertou-se entre amigos e
vizinhos!
O fulano, na
facilidade dos empréstimos, colocou veículo novo na garagem. A alugada mansão
ganhou a melhor mobília. A diversão ocorreu nos refinados ambientes.
Os conhecidos, na vizinhança,
admiraram-se da repentina ostentação e riqueza. Onde teria auferido tamanha
grana? Alguns suspeitaram do envolvimento em escusos negócios!
Os meses
transcorreram naquelas excepcionais compras e sucessos! As exigências
monetárias, numa altura dos cartões e empréstimos, deram as graças das
cobranças!
Os credores, com polpudos
dividendos, queriam o retorno das cedências. O endividamento, em prolongados
anos, levou as renegociações de prazos e valores!
Os ganhos, em comprometidas
somas e vários anos, mantiveram-se parceladas. As aquisições, na prática, não passaram
de cedências de domínio de uso!
A labuta, em longas e
penosas horas, custeou a manutenção. O objetivo mantinha-se em sustentar o avolumado.
Os investimentos novos revelaram-se minguados!
O crédito escasseou
com os endividamentos! Os comentários maldosos difundiram-se nas relações. Os fornecedores
limitaram negócios! Os calotes viram-se sucedidos e temidos!
O milagre financeiro, com as alheias economias, ostenta-se
uma falácia e ilusão. A opulência, para angariar aparências, esconde armadilhas
e superfúgios!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://blog.estudeadistancia.com
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