Um trio de migrantes,
como profissionais da educação, foram contratados para lecionar numa
tradicional instituição de ensino.
Estes, nos intervalos
das aulas e corredores do estabelecimento, faziam referências elogiosas sobre a
terra de origem. Os colegas, diante das conversas dos ocorridos e vivências,
ficaram admirados e enciumados.
A vontade não faltou
de conhecer as distantes paragens! Esta conversação, a uns bons meses, via-se
arrastada nos começos e intervalos das jornadas.
Um conhecido, diante
das frequentes explanações, resolver fazer uma interrogação. Este, sem floreios
e rodeios, perguntou: “- Sê o lugar mostra-se tão abençoado! Por que vocês não
ficaram por lá?“ O interrogador, numa sútil malícia, pensou em constranger o
ouvinte!
Este, de forma
apressada e esperta, respondeu numa singela figura de linguagem. Esta, como
resposta, consistiu: “- Desde quando os craques conseguem ser reunidos e jogar
num exclusivo e único clube e time! As vocações, muitas e variadas, vêem-se difundidas
e espalhadas nos amplos espaços!”
O fato mostra-se uma
realidade corriqueira das colônias. As localidades dispensam e dispersam os
vocacionados filhos (na direção das cidades). Estes, como educados e treinados
no trabalho braçal, revelam-se ambicionados e disciplinados assalariados.
O fluxo de gente, campo-cidade, tem sido uma realidade
histórica. As pessoas migram na proporção das necessidades e oportunidades. A
sobrevivência obriga a abraçar e realizar tarefas duras e variadas.
Guido Lang
“Singelas Crônicas do
Cotidiano da Existência”
Crédito da imagem: http://esportes.terra.com.br
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