Uma assistente
social, nos estudos sociais (em função de processos), fazia muitas e variadas
visitas. Ela, pelas querelas judiciais, conhecia inúmeras famílias e lugares.
As disputas, mais
comuns, relacionavam-se as adoções e pensões. As visitas, em meio à circunscrição
judicial, ocorriam em cidades e interiores. Alguns locais, na aparência das
localidades, assemelharam-se a verdadeiros esconderijos e taperas.
Uma visitação, entre
as dezenas, chamou especial atenção. A encarregada, numa tarde inteira, devassou
um singelo município. A profissional, aqui e acolá, perguntava sobre
específicas informações. A procura, pelo nome, relacionava-se a determinada
pessoa.
Ela, pelos espaços
das localidades, andou e perguntou pelas casas e pedestres. A localização da sicrana
apresentava-se num enigma e incógnita!
Os moradores, por
completo, desconheciam a procurada! O tempo e a viagem pareciam onerosos e
perdidos! Algum equívoco, na certa, relacionava-se aos dados de identificação
ou endereço!
A solução, como ideia
salvadora, consistiu em perguntar no conselho tutelar. Uma conselheira, de
imediato, conhecia a dona e sabia o endereço. Esta, como excepcional surpresa, ostentava-se
a administradora e proprietária do meretrício da cidade.
Inúmeros homens
certamente conheciam a sicrana. Eles abstiveram-se astutamente de fornecer
maiores dados e informações. Estes, junto às esposas e filhos, poderiam
denunciar esporádicas histórias e incursões.
O jeito esperto e
malandro consistiu em desconhecer e silenciar. Os aborrecimentos e explicações
mantiveram-se poupados. Cada qual sabe dos seus calos e negócios! Os segredos
são a alma dos empreendimentos!
Os espertos antecipam-se aos problemas e situações! Os
semelhantes, apesar dos anos, conseguem ainda surpreender nas convivências! Relacionamentos
escusos integram as relações sociais!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.diariodoscampos.com.br
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