Um ancião, com suas
oitenta primaveras, pode observar os desígnios naturais. Este, como os rurais
em geral, eleva os olhos na direção dos céus em diversos momentos diários.
Ele, como agricultor,
dava muita atenção aos estados do tempo. O sucesso, das criações e plantações,
dependiam da ausência ou disponibilidade de água e trato.
O colonial, nestas décadas,
pode conviver e observar a natureza. A cada dúzia de anos, em média, sucedia-se
uma acentuada e rigorosa estiagem.
A contagem dos anos,
na sequência das secas, confirmam o conhecimento. As estiagens, de maneira
geral, ceifavam plantações e diminuíam criações. O jeito consistia em armazenar
reservas de água e víveres. O modo de antecipar-se as tragédias e diminuir
perdas.
A explicação, para o
fenômeno, encontrar-se-ia no aumento da insolação. O planeta aproximar-se-ia
mais do Sol. As secas abater-se-iam nas faces mais expostas. Os solos, nestes
locais, conheciam o secamento das fontes e reservatórios.
O estudo empírico ostenta uma valiosa sabedoria colonial.
Os anos, nas décadas e séculos, unicamente ensinam certos conhecimentos. A
ciência ainda tem muito a aprender com a experiência.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Obs.: Relato de Verno Reckziegel de Linha
Brasil/Paverama/RS
Crédito da imagem: http://www.astrosurf.com/carreira/obs2002_04.html
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