O dia ensolarado faz
as pessoas colocarem os pés nas praças e ruas. Estas, na selva de pedra, querem
sair dos cubículos de pedra. Um formigueiro humano, na área central, instala-se
nos cantos e recantos!
Os veículos tomam o
cruzamento na área central da cidade. Os pedestres caminham e param nas
esquinas dos semáforos. Uma multidão, na hora do pique (movimento), circula
pelo espaço. Sinaleiras abrem e fecham naquela confusão.
Uma esbelta e vaidosa
moça, no interior do carro, abana para um velho conhecido. Esta, pela maneira
da saudação, admira-se de reencontrá-lo (certamente depois de um bom tempo).
Este, de imediato,
retribui a gentileza. A caminhada, por uns passos, prossegue. O cidadão, de
forma repentina, vira e volta ao carro (no compasso de espera de abrir as sinaleiras).
O cidadão, entre as
fileiras de veículos, caminha e dirige-se à jovem. Esta diz “oi”! Este, numa
atitude impensada e ousada, estende a cabeça vidraça adentro.
O jovem, numa
surpresa ímpar (para cidadã e outros estranhos), dá-lhe um afetuoso e picante
beijo. O camarada, nos singelos segundos, pôde externar aquele ímpar afeto,
carinho e consideração.
A jovem moça, diante
da grata e inesperada surpresa, avermelha e sorri. O coração, pelo jeito e
rosto, parece em amor e sobressaltos. Um beijo, certamente privilegiado e único
desses, revelou-se inesquecível à existência. Este externado por alguém que sabe
amar e cativar!
A sinaleira, no ínterim,
abriu-se. O cidadão, às pressas, dirigiu-se na direção da calçada. A própria, no
interior do carro, ficou a meditar sobre o carinho e significado!
Uma singela atitude cativou-lhe
certamente o coração. Aquele beijo gostoso e inesperado diluiu quaisquer resistências.
Uma auto-reflexão de namoro tomou forma!
A astúcia e rapidez,
diante dos desconhecidos e muitos olhares, pode expressar um sentimento de
paixão e romantismo. O amor, em meio à agitação e pressa (da loucura urbana),
tinha externado facetas das riquezas d’alma. Quem ama pratica loucuras e
surpresas!
Singelos atos, em forma de nobres gestos, conquistam
almas e externam a nobreza de espírito. Os indivíduos, apesar das desconfianças
e inseguranças, necessitam do amor e da atenção alheia. O cidadão não consegue
ser especial para todos, porém para uns pode revelar-se excepcional!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://mdemulher.abril.com.br
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