Um colonial, morador
das grotas, mantinha dificuldades de arrumar sua cara metade. Os anos transcorreriam
e ele ostentar-se-ia na completa solidão.
Alguma investida,
como “caçador de viúvas”, viu-se igualmente frustrada. Amigos e conhecidos, nas
esporádicas ocasiões, antecipavam-se nos convites e namoros. A desesperada procura,
em vão, mostrou-se uma preocupação e realidade diária!
Um amigo, na venda,
comentou a decepção e frustração. O autor, no contexto, manteve-se presente ao
comentário. Um forasteiro, passante ocasional, falou da “sobra de muita mulher
bonita no meio urbano”.
As cidades, nos
muitos e variados bailões, conheciam acentuada presença feminina. Inúmeras
senhoras, para um sessentão, mantinham disposição para aventurar-se num namoro
e relacionamento íntimo.
O viajante, numa
conversa de homens (sem a presença feminina), externou-lhe um conselho: “-
Camarada! Tu precisas caçar onde tem caça! Não adiante insistir onde não tem
presa! Tu, nos matos das colônias, caças onde carece de oportunidades! O
indivíduo, nos açudes e sangas, precisa pescar onde tem peixe! A ausência de
cardumes revela-se ilusão e perda de tempo na pescaria!”
A turma, duma dezena
de presentes, arregalou os olhos. Uns caíram na generalizada gargalhada! O esdrúxulo
comparativo tornou-se um inesquecível e memorável diálogo.
A história certamente
ficará guardada e marcada nos anais da memória comunitária. Os maridos, junto às
famílias (em especial com suas companhias), comentam os comentários e sucedidos
dos armazéns, bares e vendas!
O óbvio igualmente precisa ser explicado. Quê para uns
mostra-se deveras simples, para outros ostenta-se tremendamente difícil. As fêmeas,
em inúmeras espécies, escolhem sua parceria íntima!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://bardeferreirinha.blogspot.com.br
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