Os antigos, nos
porões das casas coloniais, construíam um singelo detalhe nas paredes dos
alicerces. Algumas cavidades/entradas, em poucas moradias centenárias,
comprovam a sabedoria colonial.
As cavidades, no
contexto das sólidas pedras, viam-se deixadas abertas à refrigeração. Os rurais,
diante da inexistência de geladeiras e freezers, trataram de armazenar e
guardar banhas, cervejas, doces, mel, melados, natas, refrigerantes, schmier...
Os cuidados, como
depósitos alimentares, ostentaram-se com recipientes bem fechados e tampados. O
temor relacionara-se a incursão de eventuais insetos e mofos. O acúmulo de
materiais, em função de roedores, mostrara-se descartado.
Os espaços frescos e
secos, debaixo das casas, preservaram a frescura natural própria aos artigos/produtos.
Uns, por meses e anos, viam-se armazenados e guardados no espaço. Estes, de
maneira geral, ostentaram-se a qualidade como recém colhidos ou fabricados.
Algumas colheitas,
como alhos, batatas, cebolas, feijões, ovos, sementes, somaram-se ao conjunto
das armazenagens. A ausência de insolação diminuía as chances de brotações. As
reservas alimentares era precaução aos rigorosos invernos e infortúnios nas
safras!
O local, em algumas residências,
consistia também no lugar específico das muitas carneações (sobretudo de suínos
à extração de banha). Os familiares, em meio ao esquartejamento das vítimas,
podiam labutar alheios as chuvas, insolações e serenos. A estrutura existente
evitava maiores atropelos e correrias!
As gerações, em meio aos recursos da época, mantinham
suas soluções e paliativos. A consorciação, entre o agradável e útil, manteve-se
como segredo do êxito e sucesso colonial. Os espaços sobrepostos, bem administrados
e gerenciados, evitaram dispêndios com conjuntos de instalações.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Obs.: Relato de Hugo Bergmann de Linha Clara/Teutônia/RS.
Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com
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