Uma determinada
sociedade esportiva promoveu seu grandioso jantar baile. O evento anual, junto
à semana do município, procurou romper a monotonia e rotina colonial!
Os forasteiros e
moradores, de inúmeras paragens e procedências, afluíram ao centro comunitário.
A tripa grossa mantinha-se como especial atrativo e saboroso cardápio!
O conjunto musical, a
princípio conceituado (pela propaganda da mídia), foi contratado para animação
(como outro chamarisco). Este, com ampla parafernália eletrônica, “colocou o
volume as alturas das nuvens”.
A própria voz, em
momentos, parecia desatendível e sufocada. Uma singela dessintonização no fundo
do controle, parecia acompanhar a algazarra e barulheira. Uns pareciam
desnorteados com os chiados nos ouvidos e voz roca nas eventuais conversações.
O curioso, noutro
dia, sucedeu-se com a cachorrada. Os animais, com a audição sensível, não
puderam cochilar ou dormir durante o barulho. O bicharedo, noutro dia,
obrigou-se a esticar o sono.
A localidade, numa
aparente inexistência, conheceu a ausência dos rotineiros e tradicionais
latidos caninos. Um fato raro para quem reside nas localidades. O indivíduo
pode fazer uma leve ideia dos prejuízos ocasionados à audição (com os
exagerados volumes).
Os frequentadores,
como noutros eventos barulhentos, brincam e prejudicam a audição. A barulheira
de uns ostenta-se animação para outros. O difícil, com a miscelânea de opções e
recursos eletrônicos, consiste em atender e satisfazer os muitos e variados
gostos.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://inexo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário