Uma cadela, como
manda os desígnios íntimos, precisou atender aos pedidos da sobrevivência. A
idade própria encaminhou-a ao cumprimento do instinto da perpetuação.
Esta, conforme o desejo
do dono, deveria estar predestinada para determinado macho. O criador, com uma
obsessão ímpar, queria frutos dessa cruza.
Este, para
precaver-se da incursão dos aventureiros, enjaulou a fêmea e o macho. O
propósito ostentava-se no relacionamento íntimo das partes.
Os animais, por uns
bons dias, mantiveram-se enjaulados e presos. “O fim de festa” unicamente para
ganhar a liberdade. O proprietário, para surpresa particular, deparou-se com a
doce ilusão!
A fêmea, na primeira
oportunidade, acorreu aos préstimos dum terceiro. Ele, no conjunto da
cachorrada, mantinha-se outro viril qualquer.
O curioso
relacionou-se a escolha: ela, por algum desígnio do instinto, optou por este
determinado companheiro. A cadela queria distância das escolhas humanas!
Os bichos igualmente
possuem sua lógica existencial! Os humanos interferem e mudam instintos
milenares com suas experiências e interesses!
O conhecimento, nos bastidores da sobrevivência, versa
das fêmeas escolherem suas parcerias. Os vários pretendentes, na prática
cotidiana, seriam meras possibilidades de escolha. Os mistérios da natureza
ultrapassam a compreensão e explicações humanas!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://umjeitomisticodeser.blogspot.com.br
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