
O ancião, estudioso
por natureza, possuía amor pelas publicações. Décadas foram sorvidos na constituição
do acervo. Obras seletas eram “escolhidas a dedo”!
O idoso, no porão,
acumulou centenas de almanaques, anuários, livros... Os volumes constituíram-se
em qualificada biblioteca. Obras, em velhas edições, saíram resguardadas!
A ciência humana amontoada
em impressos. O morador, na idade, acabou perecendo numa ocasião. Os herdeiros,
no aglomerado de material, percebiam imundície!
Oferta inicial, na
visão do descarte, foi abonada na venda. O comprador, possuidor de sebo, fez “festança
no ganho”. As publicações, pós limpeza, foram alocadas na exposição!
Os livros, no encolhido,
foram comercializados a colecionadores e leitores. A receita, na oportunidade,
acabou multiplicada na proporção dos dez. “Entulho” resultou no bom lucro!
As pessoas, no universal, consagram insignificante estima
aos patrimônios culturais. Bibliotecas, no agrado dos sábios, caminham em baixa
conta!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://prosamagica.blogspot.com.br/2012/06/tradicao-e-o-charme-dos-sebos.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário