Uma singela semente,
posterior planta, conheceu o inusitado. A carência extrema levou ao
aproveitamento e valorização de quaisquer ocasionais filetes de claridade!
O grão, trazido por
alguma ave silvestre, caiu no interior do assombrado pátio. Os imensos muros,
obra do gênio e mãos humanas, atrapalharam-lhe deveras a existência!
Os obstáculos, com a
germinação, advieram de forma contínua e sofrida. Os arranha-céus, aqueles
monstros empedrados, impossibilitaram as chances da achegada do Sol!
Os abençoados raios,
sob nenhum quadrante, advinham às folhas e tronco. Alguma iluminação sucedia-se
unicamente do esporádico reflexo duma eventual vidraça!
A planta, como
modesto jerivá, nunca sentiu o calor e prazer dos raios. O vegetal, deste a
germinação, precisou desenvolver-se meramente com a esparsa claridade!
O coqueiro, aos
abençoados normais, incompreendia o ímpar privilégio e sorte. Uns tinham a
extrema abundância, enquanto outros a máxima escassez!
Os privilegiados, de forma
ingrata, viviam a queixar e reclamar. Os carentes, nem com o básico, tentavam
manter-se felizes e vivos. A solução consistia em viver nas limitações!
O valor das dádivas conhece-se na proporção das carências.
O Criador, na imensa sabedoria, fez cada qual um pouco diverso aos demais! O
objetivo de agradar a todos revela-se uma impossibilidade e inviabilidade!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://www.wallstreetfitness.com.br
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