Os pioneiros, num trajeto
ao longo do arroio, abriram uma picada de mato. A trilha, posterior estrada,
acabou numa singela vila (na proporção do desenvolvimento).
As águas, no percurso
fluvial, careciam de oferecer maiores problemas de enchentes. Os antigos, numa exclusiva
oportunidade, fizeram menção da excepcional fúria duma cheia!
O caminho, no avanço
da colonização, via-se tomada de instalações e moradias. Alguma indústria
familiar, no setor secundário, ia complementando as atividades primárias!
Algumas décadas, de
sete a oito, transcorreram no cenário colonial. As referências e temores das
enchentes viram-se abolidas ou esquecidas entre os naturais!
A meteorologia, numa
época no desfecho do inverno, anunciou intensas chuvas. As pessoas deveriam
tomar seus cuidados. O fato inusitado sucedeu-se numa certa noite!
Alguma excepcional
tromba d’água, nas encostas e morros, abateu-se nas nascentes do arroio. As
águas, num roldão e volume ímpar, afluíram na calada da noite!
As residências e ruas,
em minutos, viram-se invadidas e danificadas. Uma confusão e estragos ímpares
sucederam-se nas famílias! Alguns, por graça divina, salvaram a vida!
Os anciões, dos
finados ancestrais, relembraram-se dos relatos da tradição oral. Estes, nas
conversas informais, faziam menção da fúria esporádica do modesto córrego!
Os jovens, como
lorota, pareciam desacreditar nos relatos. Outros imaginaram enterrada a
repetição da velha sina! O imaginável e impensável havia tomado vulto!
Os rios, mesmo depois de décadas ou séculos, retomam nalgum
momento o antigo leito. O perigo maior das águas consiste em não externar os
reais perigos. O cidadão nunca pode subestimar as forças e fúrias da natureza!
Guido
Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://femineiro.wordpress.com
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