O
ancião, num baile da terceira idade, arrumou parceria. A dança, com os
admiráveis noventa e oito anos, tomou sentido na congestionada e disputada
pista!
Um
conhecido, diante da alheia coragem e ousadia, preocupou-se com as intimidades.
O comentário, junto aos estranhos, sucedeu-se nos sanitários!
A
crucial pergunta foi: Como o fulano, com essa avançada idade, iria atender a
sua cara metade? As energias e o libido, na compreensão, encontrar-se-iam
certamente atrofiados!
Algum
estranho, como intrometido, complementou: o atendimento dar-se-ia certamente de
forma mecânica! A gente nunca conhece todas as habilidades humanas!
Outro
ouvinte, colocando lenha na fogueira, reforçou: Será que satisfaz plenamente os
desejos? Algum mais refletiu: Depende da idade e vontade da parceria?
O
cidadão precisa deixar os alheios serem felizes dentro das carências e
limitações. Cada qual sabe certamente dos desejos e necessidades!
Abençoados
aqueles que chegam sãos e salvos a avançada idade! Qualquer idade possui suas
dificuldades e felicidades! O encanto encontra-se em quem sabe levar a
existência!
As
pessoas possuem dificuldades de aceitar a velhice. Os anos, no mundo com
tamanho número de mortes prematuras, deveriam significar sabedoria!
As pessoas, diante
dos exageros, possuem necessidade de externar o espanto. Uns preocupam-se onde
menos precisam!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.365diasviajando.com/
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