O indivíduo, na meteórica
passagem terrena, deixa alguma marca. Os próximos, como amigos, familiares e
parentes, lembram-se do fato até os dias finais!
Um pacato cidadão, morador
das grotas, ostentava-se um ousado e refinado contador de vantagens. Este, nos
acontecimentos, criações e plantações, sabia sempre melhor as coisas!
O azar, como “doutor
na lábia”, levou unicamente em não ganhar a subsistência com a fala! Ele poderia
ter sido algum especial conferencista, político, professor, religioso...
O pessoal, no seio
comunitário, sabia tratar-se do excepcional mentiroso. Alguma singela formiguinha,
na sua boca, assumia o tamanho especial de galinha ou pato!
As estórias, nas
rodas da família e venda, ganhavam o público. O pessoal, em função da fala
mansa, sabia tratar de mentira. Eles, no entanto, davam-se o tempo de escutar!
O morador, na
proporção das criações e invenções, externava a senha: “- Isto, com certeza,
revela-se verdade!” O ouvinte, de antemão, sabia tratar-se de mais outra lorota!
Os anos
transcorreram! O cidadão pereceu! As referências perpetuaram-se no meio
comunitário! Alguém, volta e meia, fazia referência as suas peripécias!
Uns aproveitam realmente muito mal suas reais vocações.
As mentiras, em função das incoerências, possuem a inconveniência da
auto-traição. Os maiores absurdos, em meio aos adeptos e seguidores, encontram
ressonância!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://cerejafina.com/
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