Um senhor, com dinheiro
e esperteza, imaginou multiplicar valores. O improvisado banqueiro, aos
conhecidos e vizinhos, revelou-se um “quebra-galho” de imprevistos!
O cidadão, avesso a
legislação, deu-se a incumbência de ceder dinheiro a juros. O numerário, sob a
promessa da devolução e multiplicação, cedeu espaço às provisórias!
Os cem, depois de
certo prazo, passariam a valer cento e três. A prática, com os honestos,
funcionava a contento! O senhor via ampliado os dividendos!
Os caloteiros, como enforcados
e oportunistas, mostraram-se motivos de ímpares aborrecimentos! Estes, com mil
e uma ausências e desculpas, faziam o maior descaso!
O capital, numa
altura do negócio, assumia ares de incobrável e perdido. Os malandros, em
função de alegados imprevistos, safaram-se de cumprir os assinados!
Os poucos três
avolumados, dos bons pagadores, ficavam distantes de cobrir os reais valores
dos cem extraviados! Os empréstimos revelaram-se cedo deficitários!
As promessas, de
pagamento, renovaram-se a cada data de acertos. O dinheiro vivo, no entanto,
carecia de aparecer para pagar os devidos capitais e juros!
As promissórias, como
malfadados papéis, careciam de maior aceitação no mercado! O dinheiro, em ter e
não, revela-se a real diferença entre as pessoas!
A promessa, de
ganhar três com razão de colocar outros cem em jogo, ostenta-se jogo e risco. Empréstimos
revelam-se sinônimo de correrias e desconfianças. Quem empresta a amigos e vizinhos
cria margem a aborrecimentos e inimizades!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://www.imagens.usp.br/
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