Os moradores, na
calada da noite, escutaram novos disparos. Eles, na sina das periferias,
encontram-se cada vez mais comuns. Os tiros, num dia normal da semana, sucederam-se
na vila!
Os trabalhadores,
depois dum dia de penosas jornadas, encontram-se acamados. O frio, no sabor do
inverno, revela-se um convite a mais ao aconchego do berço. Outros, em função
da televisão, retardam o recolhimento!
A surpresa, no
silêncio da madrugada, adveio em função dos estrondos. O zunido de balas abalou
o pacato lugarejo da periferia urbana. Os moradores, depois do uso frequente,
passaram a reconhecer logo os zunidos!
As conversas e
relatos, em minutos, escuta-se pelas janelas e ruas. A notícia espalhou a
realidade do ocorrido: “- Mataram mais um! Parece ser o fulano! Morador da
esquina do beltrano! Ele tinha problemas com droga!”
O desentendimento,
pelos comentários, liga-se a outra disputa de ponto de venda. O comércio
revela-se cada vez mais difundido e intenso. Os esparsos consumidores, em
função dos muitos vendedores, implantaram um silencioso e violento conflito!
A guerra, entre
gangues e quadrilhas, mostra-se uma rotina nas periferias. A praga, como
generalizado negócio, disseminou-se entre avenidas, becos e ruas! A população,
diante das barbaridades das eliminações, diz: “Um marginal a menos!” “Este vai
tarde!”
A bandidagem, a
partir dos presídios e vias, elimina-se de maneira acirrada. A população, na
escuridão das noites, mostra seu poder de fogo. Os desafetos costumam conhecer
o acerto de contas! O sofrimento dos familiares das vítimas costuma ser
doloroso!
Malandro não fica velho, acaba baleado ou drogado. A
bandidagem, em função do tráfico, implantou a generalizada e silenciosa guerra
urbana. Quem, nas caladas das noites, perambula pelos ambientes das avenidas e
ruas coisa boa não costuma ser!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://ordanel.blogspot.com.br
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