O sonho da casa
ampla, bonita e própria mostra-se aspiração e sonho de quaisquer enamorados. O
projeto, nalgum momento, precisa ser colocado em prática!
As famílias, nos interiores,
costumavam economizar anos. Estas, depois de alguma soma acumulada, iniciavam a
compra progressiva dos materiais.
O objetivo, para
safar-se da especulação financeira, consistia em fugir da exorbitância das
correções e juros! Os empréstimos ocasionais sucediam-se junto a conhecidos e
parentes próximos! Os bancos inspiravam temores de endividamentos impagáveis.
As poupadas reservas,
nalgum momento, viam-se reunidas para “colocar mãos à obra”. Construtores, como
marceneiros e pedreiros, eram contratados. O dono e familiares, como fiscais do
trabalho, ostentavam-se costumeiramente auxiliares dos profissionais!
Um morador, no
interior duma linha, colocou o plano em ação. Ele, como próprio construtor,
aproveitou o inverno para edificar (época de menor serviço nas lavouras e
matos). Um mano, como mão de obra paga, constituiu-se no ajudante e servente!
A moradia, imaginada
e planejada nos detalhes, promete durar uma inteira vida. Esta, no momento, apresenta-se
a mais famosa e majestosa do lugarejo. Um mérito familiar de conquista e
trabalho ímpar: digna da maior e melhor admiração e elogio!
Um forasteiro amigo,
a título de implicância e reconhecimento, externou os ares da graça: “- Fulano!
As autoridades, na proporção da achegada a localidade, já sabem onde devem e
podem hospedar-se! A residência apresenta-se o cartão postal do conforto e
funcionalidade!”
Uma vizinhança,
ouvindo a conversa (jogada ao vento), aborreceu-se de ciúmes e invejas. O
cidadão precisa contribuir e torcer à evolução e progresso comunitário! O bem
estar e conforto alheio, de alguma forma, favorecem o indivíduo!
A moda, no passado remoto, consistia da autoridade
visitante hospedar-se na casa comercial ou comunitária. As moradias espelham as
crenças e princípios dos construtores e ocupantes. A construção residencial, em
termos gerais, revela-se a grande e ímpar obra duma existência!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.skyscraperlife.com/latin-bar/81444-%BF-sabias-esto-de-alemania-29.html
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