A chuva, no
entardecer do dia de verão, mostrou-se própria ao passeio. Os sapos, nas
dezenas, tomaram as saídas dos refúgios. As cercas-de-pedra, disseminadas nos
cercados e muros, instituíam-se completo abrigo e morada. O calor, na insolação,
incidiria na diminuição.
Os inconvenientes, na
combinação água e calor, atiçavam o desejo de consumir insetos. O morador, na associação
do filho, ensejou planificado ofício. A coleta, na luz da lanterna (celular),
facilitou a empreitada. Um sujeito abria o saco e outro ajuntava os elementos.
Os anfíbios, nos estimados
cinquenta, foram angariados e ensacados no envoltório. O utilitário, no abusão,
versou em proporcionar alento. As invasões, nas caladas, aconteciam nos
recintos da residência. O porão, na frescura do ambiente, ocorria na primazia do
esconderijo.
Os depósitos d’água,
nos cochos (das aves e caninos), caíam contagiados. As arranjadas banheiras,
nos bebedouros, eram contidas em cheiros e fezes. A faina, na limpeza habitual,
sucedia na chatice e ônus. Os abusos e exageros calham nas castrações e
proscrições.
O destino, no
desfecho, direcionou ao córrego. O habitat, no úmido, apontou-se favorável. O
curioso alistou-se ao aglomerado: a saparia adquiria visão esdrúxula. A obra,
no dantesco, aludia fantasias e suposições do inferno. O temor advém na casta
de proteção.
Os
excessos, no procedimento radical, incidem na exclusão e seleção. As tarefas
incômodas, na apropriada ocasião, requerem execução e solução.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://redeglobo.globo.com/sp/eptv/terra-da-gente/platb/fauna/sapo-cururu-rhinella-icterica/
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