A
união matrimonial, por décadas, estendia-se no marasmo. Os reclamos femininos
sucediam na diária forma. Os desejos instintivos avolumaram-se nos sonhos de
liberdade!
O
dedicado e judiado marido, como modesto assalariado, trazia o pão de cada dia.
O interesse, no desfecho dos meses, havia na essência do salário! A paciência
parecia ilimitada!
Os
ganhos, no maior do filão, custeavam os encargos da sobrevivência. Os reclamos
e xingamentos, em veladas ameaças de separação, sucediam-se nos cantos e tempo!
As
palavras, na independência dos filhos, avolumaram-se nas doses. “Os ouvidos, em
momentos, ostentavam-se cheios”. “A cabeça parecia explodir de aborrecimentos”!
O
cidadão, na intensa reflexão, concordou na separação. As partes, marido e
mulher, dividiram os patrimônios. A aposentadoria permitiu a pacata
subsistência!
A
residência foi dividida: cada qual residiu numas peças. As conversas e intimidades
viram-se descartadas. As aventuras, em bailões e festas, foram liberadas a belo
prazer!
O
retorno, como pretensão, foi desejada numa altura pela ala feminina. A
masculina careceu de ouvir falar ou pensar na ideia. O silêncio e sossego
viram-se nobres pérolas!
Quem muito pede, nalgum
momento, ganha o solicitado. “Melhor sozinho do que mal acompanhado”!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://www.papodebacom/
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