O imigrante, metido a
viajante, queria saber a exata localização do Brasil. À conversa, na tradição
oral, desenrolou-se entre teutos na outrora belicosa e distante Europa!
Levas de conterrâneos,
de forma permanente, tomaram a direção do sol poente. A curiosidade havia em
saber onde ficavam as desconhecidas e distantes paragens brasileiras!
Um marinheiro, no
porto de Hamburgo/Prússia, falou: “- Fulano! Viaja pelo grande oceano. A
chegada assinala uma particularidade.” A explicação estendeu-se no detalhe!
“O lugar onde um
trabalha e cinco apreciam: podes aí descer. As terras ostentam-se as
brasileiras.” O costume, das “aparências e do faz de contas”, advém de distante
duração!
A achegada, em cinco longas
semanas (em caravela), sucedeu-se num estranho e movimentado porto (Rio de
Janeiro). A observação notou o cenário paradisíaco!
A dezena de
trabalhadores, de pele escura, encontrou-se a fincar o poste. A finalidade
sucedia para amarrar embarcações. Uma necessidade via-se no intenso afluxo de navios!
O curioso ligou-se a
filosofia de trabalho. Dois braçais labutaram, meia dúzia observaram e uma
dupla de brancos, na aparência de chefe e técnico, deram ordens!
A exata descrição, sem
floreios e rodeios, fora vislumbrada. O forasteiro, na certificação, perguntou pelo
local. Um nativo confirmou tratar-se do “florão americano”!
A realidade, a grosso
modo, mantém-se nos subsequentes séculos. O trabalho ostenta-se paixão de apegados.
O ócio, na fácil vida, predomina como filosofia e terapia nacional!
Mudanças de mentalidade, a princípio, costumam levar
gerações. A abençoada e magnífica terra brasileira, “se plantando dá”, convive
com fartura e opulência pelos séculos!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://www.itf.org.br
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