O
patriarca instalou-se em determinada propriedade. O sonho da terra própria
achegara-se como realização familiar. O solo fora principal causa do abandono
da Europa!
O
lote, adquirido na empresa imobiliária (em meio às carências de toda ordem e a
peso de ouro), angariou a vida inteira de melhorias. A conquista de solo
vira-se incessante!
A
moradia concretizou-se como conquista e obra. Os herdeiros, por gerações,
mantiveram-se presos ao singelo torrão. A autoprodução via-se a maneira do ganho
pão!
Algum
descendente, no orgulho familiar, comprou as heranças. As jornadas, na luta como
peleia constante contra a exuberante vegetação, entendeu-se no seio dos dias!
A
velha moradia, na edificação da moderna, era testemunha do glorioso passado de
trabalho. Mãos calejadas, com sangue e suor, extraíram da natureza os
dividendos!
Os
forasteiros advieram para alugar a preservada e restaurada moradia. A casa
servia de especial depósito. O testemunho concreto via-se do modelo de vida dos
ancestrais!
Os
responsáveis, de imediato, externaram a negação. O argumento: “nada de gente
estranha no pátio e terra”. A autonomia e liberdade carecem de valor monetário!
Os coloniais apresentam-se
apegados e possessivos nas propriedades. Os donos, na própria terra, comportam-se
como reis!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://www2.turismo.rs.gov.br/portal/index.php?q=galeria&cid=372&g=19
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