A amizade, na analogia
e conversa, tomou forma no convívio comunitário e encontros de família. O idoso
e moço viram-se bons amigos e parceiros. A afeição acirrou-se no estudo das genealogias
e histórias. Os acidentais encontros resultaram em enraizadas falações.
Os amigos, outrora alheios,
nutriram tópicos inesgotáveis. A estima, nos encontros e eventos, mantinha-se recíproca.
A idade, na sucessão, pesou na extensa e fecunda existência. O pressentimento,
no “sexto sentido”, anunciava a atenuação das forças e desfecho da jornada.
A vivência, na
corrosão da estrutura, advinha no epílogo. A visitação, na ocasião inesperada,
ocorreu no domicílio do (velho) companheiro. Os parcos instantes, no teor das afinidades,
advieram na bênção. O bom senso, no presságio, adivinhou o indesejável.
A repentina morte, nas
posteriores semanas, zelou irreparável dano. O esgotamento, sem despedida do
derradeiro amigo, parecia dificílima partida. A missão cumprida, na tranquila
morte, adveio na ausência de dor e receio. O diário colocou ardis e surpresas.
As pessoas, na pirraça
final, apreendem a aflição e extinção. As obras e atos incidem na direção dos
arremates e conclusões. A matéria regressa a concepção original. A angústia, na
sã e tranquila consciência, advém no alívio e bênção. O sujeito, no aqui e
agora, presta contas.
Os bons
e grandiosos gestos descrevem a nobreza de espírito. A vida, na odisseia
terrena e sucessão das linhagens, oculta enigmas e propósitos maiores.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.elhombre.com.br/
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