A tradição oral descreve
uma odisseia dos bichos. As espécies, na vocação musical, ganharam convite
especial. O evento, nas incumbências dos céus, sucederia ímpar animação. Os
músicos, na improvisada orquestra, seriam os cantadores e instrumentistas da
natureza.
O corvo, na qualidade
de violeiro, contava os minutos do magistral acontecimento. O pormenor, na
invocação de obséquio, atrelou-se a rã (das moitas). O sauro, na carência de
asas, caía na aberração da ausência. A petição, na carona, externou-se na gentileza
da ave.
O pássaro, no
argumento peso, resignou-se do favor. A agudeza, no paliativo, mostrou-se em ocultar
no interior do instrumento. A admiração, na presença, adveio no conjunto da
animação. O insignificante réptil, na magia da balada, exteriorizou
concorrência e encanto.
O regresso, no análogo
subterfúgio, andou no achado do artifício. O enciumado violeiro, na altitude, descobriu
o estratagema. O infeliz viajante, nas alturas, acabou achado e movido do esconderijo.
O resultado, no arremesso ao ar, versou em espatifar no solo.
A concorrência, em
quaisquer contextos, incide nos ciúmes e rixas. Os favores incidem nos custos e
incômodos. O indivíduo, nas extremas necessidades, depender de terceiros
sobrevém na cantilena. O livre-arbítrio denota marchar com as oportunas pernas.
O alheio
favor, na ausência de custo, cai no desgosto e rejeite. Os cínicos convivem disseminados
nos muitos e variados ambientes.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://viajeaqui.abril.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário