Um morador, durante
trinta e dois anos, ausentou-se da localidade de nascença. A mudança de
endereço, em função do casamento e trabalho, tornou necessária a migração.
A admiração e o
espanto ocorreram no ato do retorno. Poucos conhecidos, velhos amigos e
parceiros, viviam ainda no lugarejo. Pessoas novas ocuparam o espaço!
Os tradicionais
patriarcas, com raríssimas exceções, haviam perecido. As crianças e jovens, na época
da saída, tinham no ínterim constituído suas famílias.
Alguns filhos dos
filhos daqueles tinham igualmente famílias e rebentos. Alguns novos, com os casamentos
e vendas de lotes, haviam afluído e se instalado no espaço.
Os parceiros, da
assemelhada idade e convivência escolar, tinham-se como contar nos dedos duma
mão. A dificuldade consistiu em ter gente para conversar sobre os idênticos
assuntos e interesses!
O jeito, como
sabedoria, consistia em aprender a conviver com as novas gerações. Alguns
velhos companheiros, próprios da idade, viviam enclausurados nos cantos e
recantos. As companhias mostravam-se desinteressantes e inviáveis!
O cidadão, na
infância ter profetizado a situação, acabaria tachado de louco pelos amigos. O
imaginado, numa completa diferença, transcorreu com os fatos e vivências!
As mudanças, há cada dia ou semana, revelam-se constantes
e rápidas. A idade avançada, para quem alcança, advém antes do imaginado e
previsto! A vida, unicamente com o tempo, ensina certas realidades e vivências!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://www.solosedieblog.com
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