O morador das grotas,
carente de maior formação educacional, resolveu ganhar algum dinheiro às
alheias custas. Ele, na sua extrema ingenuidade, inovou na santa ignorância!
Este, na sua compreensão,
labutava pesado e nada de acumular maiores dividendos. Aquelas situações
penosas de contar continuamente os centavos pelas escassas moedas!
O indivíduo, um dia
desses, acrescentou alguma água ao leite. O objetivo consistia em ganhar algum
dinheiro sem maiores ônus! Ele subestimou a astúcia e esperteza do comprador!
O leiteiro, num
instante, desconfiou da quantidade exagerada. Este chegou a perguntar: “-
Alguma vaca nova!” Averiguou e viu escorrer rápido o líquido!
A empresa laticínios,
a partir do tacho, analisou o produto: água adicionada. O líquido viu-se condenado
e rejeitado! O sucedido acabou comentado entre carregadores e transportadores!
A curiosidade relacionou-se
a proporção. O produtor exagerou na dose! Uns trinta litros de leite ganharam a
porção de outros cinquenta de água. Um exagero às avessas!
A boa nova tratou da
inversão da realidade. O camarada, na prática, adicionou o leite na água. O
tradicional, na velha falcatrua colonial, consistia em colocar água no leite!
Os moradores, no seio
comunitário, fizeram cedo chacotas e comentários. A tamanha idiotice subestimou
a modéstia inteligência!
A falcatrua, nos
primeiros instantes, entrou nos anais dos relatos das pérolas coloniais! O cidadão,
até no dia do seu velório, verá narrada à peripécia (“à surdina” das famílias).
Os excessos denunciam as falcatruas e mazelas. O cidadão necessita
conscientizar-se que os outros carecem de serem trouxas. O dinheiro fácil e
rápido ostenta-se uma doce ilusão!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:http://www.baixaki.com.br
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