O indivíduo, na odisseia
de oito a nove décadas, pode comparar a vida. Esta, a semelhança duma montanha,
apresenta a subida e descida!
A primeira, num
contínuo elevar, inicia com o desabrochar da nascença e estende-se até os
aproximados cinquentas anos. A fase, como uma constante festa, mostra-se a
época da força e vigor!
O cidadão, na
progressiva escalada, acha as coisas uma brincadeira e diversão. As energias,
depois duma ceia reforçada e noite bem dormida, encontram-se rejuvenescidas e revigoradas.
O período revela-se próprio as aprendizagens, conquistas, façanhas...
A segunda, na
proporção da achegada ao cume, sucede-se depois de meio século. O indivíduo, de
forma acelerada, inicia a permanente descida. As dores, estresses, neuroses e
patologias revelam-se de forma acentuada e frequente!
O indivíduo, com o
corpo dolorido e requebrado, encaminha-se ao desfecho. O período, junto aos
filhos e netos, ostenta-se próprio aos ensinamentos, histórias, repousos... A
consciência aponta análises e avaliações dos acontecidos e trajetória!
O curioso, sem maior
esforço, relaciona-se a saúde: qualquer santo ajuda rumo ao caminho derradeiro!
O tempo final transcorre ainda mais adoidado! Aconchega-se, mais ou menos hora,
em que qualquer dia mostra-se uma bênção e conquista!
O indivíduo, na velhice, pode esquecer a ideia de querer acumular
e conquistar patrimônio. Os períodos, nas diversas fases, ostentam suas dores e
sabores! Felizes daqueles, com inteligência e sabedoria, conseguem da vida
fazer uma festa e obra-prima!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Obs.: História narrada
por Annilda Strate Lang (1927-2007), Teutônia/RS/ Brasil.
Crédito da imagem: http://www.papeldeparede.fotosdahora.com.br
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