O agricultor, em décadas
de produção, assimilou noções das variações do tempo. Calores, chuvas, frios e
secas, no avanço e recuo das frentes (frias e quentes), abateram-se no cenário colonial.
Os reflexos, nas oscilações dos climas, refletiram-se nos cultivos e preços.
A propriedade, nos frutos,
conheceu situações ocasionais de extremas carências ou farturas. Os problemas principais
advieram nas épocas dos aguçados contrastes. Geadas, na notável frieza, abrasaram
lavouras. As secas, na deficiência d’água, tolheram vegetações.
A normalização, nos “afagos
de São Pedro” (intermediário do tempo), devolveram crescimento e fertilidade. A
abastança, na dimensão das precipitações, renovou plantações. Os parcos dias trouxeram
ânimo e sustento. A abastança, no item preço, derivou na atividade.
O colono, na fartura
das colheitas, digladia-se na função da venda. O preço, na oferta e procura, depende dos humores do mercado. Os artigos, em cotações irrisórias, advêm no problema
do ganho. As toneladas, em itens, caem em custos e falta de colocação e proveito.
O fato, em síntese,
retrata: a natureza refaz veloz a produção. Os fabricantes, nas recheadas safras, digladiam-se na dificuldade da inserção. Os atravessadores, na especulação, fazem
festança. As cooperativas, na junção de produtores, advêm numa escolha e
paliativo.
Um colono
colheu na abastança (significa que outros vários colheram na igual maneira). A diversidade
produtiva, no recurso dos artigos, sucede na astúcia e saída.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://tuliodiasartes.blogspot.com.br/2013/10/simplicidade-da-vida.html
Autor da obra: Tulio Dias
Autor da obra: Tulio Dias
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