O pacífico habitante,
filho das colônias, parecia morar asilado nos domínios. A lavoura de
subsistência sucedia no alimento. O consumo, no prato, ocorria no prodígio das
mãos e terras. O livre-arbítrio, na condição de patrão do próprio nariz, advinha
no orgulhoso conto.
O homem, na filosofia
da vivência, nutria ímpar valor. O princípio, na instrução formal, foi exteriorizado
à estirpe. A habitual ponderação caía no epílogo das jornadas. O ensejo definia
autonomia e deleite. Afobação, agitação e neurose inexistiam nas ocorrências.
As perguntas, na autorreflexão,
incidiam: “- Trabalhei o satisfatório no dia para auferir o sustento? Aipim, carne,
feijão e ovo sobrevieram na produção? Faço jus em saborear o prato na alegria e
afeição do esforço? Costumo ser benefício ou encargo no meio social?”
O sujeito, no dia de
ócio, obrigava-se noutro em redobrar a faina. A ausência de produção, na sã
saúde, seria abuso e carga à coletividade. “O prato de comida gratuito inexiste
na economia” ou a “ausência de dispêndios, na deglutição, sobrevém na aberração”.
O tempo, na árdua
essência, trouxe benefício e riqueza. A sobrevivência caía na classe de divertimento
e encanto. A abastança, no decurso do rancho, desenrolava-se no conjunto das
criações e plantações. A propriedade, no ambiente comunitário, sobrevinha na evidência.
Os modestos
aferros, no diário das atitudes, inserem diferença e prodígio. As pessoas, nos
artifícios e patrimônios, amparam-se em comparativos e modelos.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://fotosantigasr.blogspot.com.br/
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