O morador, afoito caçador,
perdeu o peculiar amigo. O animal, nas perseguições, assistia-se inseparável nas
jornadas. As incursões ostentavam-se ímpar brincadeira!
O companheirismo entendeu-se
por uma dúzia de anos. O apego, cachorro-dono, concluía-se em conhecimentos e
habilidades. A relação ostentava-se alegórica!
O primeiro, nas
atitudes e tempo, vivia para o proprietário. O dono, na atenção e tratamento, tinha
o cão na condição de distinto filho. A simbiose entendia-se perfeita!
As peripécias, na circunstância
da caça, foram atraentes. Brejos e matos, campos e lavouras, córregos e poços
foram esquadrinhados na busca das desatentas presas!
A astúcia, na junção
de interesses, instalara analogia e ternura. As partes avaliaram-se a partir de
modestos chamados e olhares. O animal, em síntese, carecia unicamente discorrer!
O infortúnio, na
idade, separou amigos. O cão antecipou-se na partida. A morte, na ocasião
própria, achegou-se ao batido corpo. O velho Fiel dirigiu-se a outra instância!
O funeral, na tradicional
jabuticabeira (junto ao pátio), foi dolorido. O afastamento, no desgosto, igualava-se
a falecido filho. Lágrimas e soluços escorriam no semblante!
A especial e singela
pedra, na alusão, sinalava o exato lugar. As peripécias, das coexistências,
resguardavam-se nas lembranças. Parceiros afastam-se e lembranças ficam!
Animais e pessoas, de mútua forma, afeiçoam-se na
convivência. Amigos verdadeiros, no literal da palavra, veem-se parcos na existência!
Guido Lang
“Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://canillfoxhoundamericano.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário