sexta-feira, 3 de maio de 2013

O desleixo patrimonial


Um modesto senhor, pela esperteza comercial e industrial, tornou-se um homem abonado e reconhecido. Este, nos anos de labuta, avolumou expressivo patrimônio!
O dinheiro e a eficiência trouxeram-lhe admiração e fama. Ele, nas condições de vida, permitiu-se “ostentar o paraíso na Terra”: amores, comidas, lazeres, prazeres, veículos, viagens...
Uma obsessão e vício, como desvio da rota, tornaram-se as intimidades e paqueras! Mulheres, nos eventos privados, não podiam ausentar-se! Somaram-se certamente bebedeiras!
O fulano, como o “garanhão da madrugada”, mantinha três íntimas e próximas. Elas recebiam as benesses do dinheiro e da fartura. A felicidade, no entanto, era uma realização aparente ou ocasional!
O cidadão, com carência de energia e tempo, parecia não conseguir atender nenhuma a pleno contento. Os comentários e falatórios, “as costas e surdina”, eram “de levar chifre da beltrana e sicrana”! Esta prática, no círculo masculino, repercute e soa muito mal!
Ele possuía as condições financeiras, porém não a convivência e dedicação necessária! As dificuldades residiam nos excessos de posses. Quem tem demasia não consegue zelar por todos e tudo! O dono, de alguma maneira, cedo vê-se surrupiado!
Patrimônios volumosos oneram na manutenção e redobram a vigilância. A abundância do dinheiro traz no bojo as possibilidades dos abusos e exageros! Tarefas várias, concretizadas de forma paralela, acabam realizadas de maneira imprecisa!

Guido Lang
“Singelas Fábulas e Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:  http://www.fotos.ntr.br

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