A sicrana, num movimentado
baile, entra toda cheirosa e embonecada no salão. Esta, como forasteira,
conhece poucos e desconhece outros muitos frequentadores.
Esta, em meio a
aparente folia e penumbra, encontra uma velha conhecida. O tradicional
cumprimento revela-se um abraço e beijo. Uma norma corriqueira como manda a
convivência e educação.
O beltrano, um completo
desconhecido, repara as conversas e os cumprimentos. Este, na passagem da sicrana,
trata de interrogar: “- Só ela ganha as cortesias? Encontro-me carente e
enciumado desse afetuoso abraço e caloroso beijo!”
A sicrana, interessada
nalguma companhia masculina, não deixou a retribuição por menos. Ela tratou de
externar a gentileza assim como ganhar a devida contrapartida.
Uma amizade nova viu-se
estabelecida a partir duma modesta implicância. O teor das palavras traduziu as
vontades! As afinidades atraem as companhias e pares!
A felicidade, num aspecto, consiste em estar próximo aos
amores! O carisma exprime-se em ter os estranhos como amigos e íntimos. O
cidadão, neste mundo, precisa ser astuto e esperto com razão de saber viver com
os tipos humanos e lugares!
Guido Lang
“Singelas Crônicas do
Cotidiano da Existência”
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