Os filhos das colônias,
na paragem, sobreviviam da agricultura familiar de subsistência. A pequena
propriedade, nas baixadas e morros, era praticada na exuberância vegetal!
Os solos cunhavam
abundante produção. A variedade, nas criações e plantações, saltava aos olhos.
A terra preta, na fertilidade ímpar, entendia-se como rico patrimônio familiar!
Os compridos e
estreitos lotes, retalhados em sucessivos inventários, sustentavam as habituais
estirpes. As jornadas, na força animal e braçal, faziam diferenças nos resultados!
Os residentes, no
conjunto das dezenas de famílias, possuíam prioridade de manter limpos as
lavouras e roçados. Plantações apuradas liam-se como sinônimo de aferro e dedicação!
Os cuidados mantinham-se
extremos para não introduzir estranhas e vigorosas plantas. Os inços redobravam
energia na erradicação. A essência recaía na tiririca!
Os disseminados e
esporádicos exemplares, na paciente extração, eram carregados em amontoados ou sacos.
A cremação, nas estufas e fornos, decorria na irrestrita destruição!
A modernidade, pós 1970,
adveio nas gramíneas, máquinas, rações... A invasão, nos cultivos, estercos e
maquinários, tornou-se banal acaso. Os infestados cultivos foram destino!
Os herbicidas, no proveito
de fabricantes e mercadores, revelaram-se nas necessidades de aplicações. A disseminação,
no combate dos venenos, ocorreu nos brejos e cultivos!
Os cuidados extremados, numa geração, transcorrem relapsos
nas consecutivas. O impróprio de um, no ganho pão, torna-se o próprio do outro!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: https://mbrudna.wordpress.com/category/soja/soja-safra/page/9/
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