A agremiação
partidária, recém criada, lançou uma nominata de candidatos a vereança no
vindouro pleito. A má gestão acirrava os ânimos duma reviravolta na política
municipal!
A dificuldade, nos
lugarejos e vilarejos, consistiu em achar gente disposta a concorrer diante das
“velhas raposas”! A oposição significava abrir mão aos dispêndios de campanha!
Um pacato cidadão, honesto
nas intensões, concordou em arriscar a sorte. Este, como novato, desconhecia a
artimanha e conclave de somar votos aos batidos e curtidos elementos!
O sicrano, com
imensas dificuldades na oratória e retórica, somou-se num comício. Este, sucedido
no interior de modesta localidade, ganhou a chance de discursar e falar!
O nervosismo, de externar
em público, trouxe breve lapso de memória. O calafrio tomou conta do organismo.
O gaguejar tornou-se sina no palavrado!
A ímpar expressão, em
meio ao presente eleitorado, apresentou especial pérola. Este, nas muitas e
variadas conversas, ganhou os ares da gozação e graça!
A expressão chave,
entre outras, consistiu: “- Eu, como migrante, ostentei-me um pé rapado como
vocês aí”! As exclusivas palavras ceifaram quaisquer pretensões de vitória!
“Quem conta uma história aumenta um conto”. A política ostenta-se campo fértil
as brigas e intrigas!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
Obs.: História
narrada por Carlos Alexandre Lang/Bairro
Quinze/Igrejinha/RS.
Crédito da imagem: roseli-balbobelaflor.blogspot