O cidadão, filho das
colônias, sonhou no oportuno negócio. Este, inspirado nos modelos dos
ancestrais, queria autonomia e liberdade. O desejo era o de ser dono do próprio
nariz!
A migração, campo-cidade,
levou a instalação de atelier. O calçado, às empresas, prestou valiosos ofícios.
As melindrosas confecções viam-se repassadas a terceirização!
O negócio, nas
penosas e prolongadas jornadas, absorveu duas dezenas de empregados. Os
servidores, como migrantes no geral, extraíam o fruto da sobrevivência!
Os grandes volumes, na
movimentação financeira, viram-se abundantes. Os resultados finais, ao próprio
caixa, traduziam estreitos e exprimidos dividendos!
As exigências, nos
intermináveis encargos, foram praticamente diárias. As coberturas, na
tributação, decorriam cá e lá. A eventual contestação trabalhista dissolveria a
firma!
O arrojado, no extremo,
ordenou detalhados cálculos. O espanto despontou nos resultados. O investidor,
na compensação, recebia trocos. Os ganhos inibiam os riscos!
O filão completava as
responsabilidades. A gama de tributos absorvia os dividendos. A firma, nas inacabáveis
exigências, via-se dissimulada estatal. O patrão via-se dono dos riscos!
A solução, na precariedade,
consistiu em cerrar portas. O encerramento viu-se garantido nas obrigações. Equívocos
consumiriam o patrimônio avolumado numa existência!
O jeito, na chácara e
construção, foi ganhar a vida. O controle de gastos evitou a judiação por
ganhos. Os supérfluos contidos nos dispêndios. A modéstia seguiu-se na vida!
Os ousados, na ganância fiscal, inibem comércios e
habilidades. O velado socialismo, no meio do distorcido capitalismo, incentiva mediocridade
e ócio!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://diferindo.blogspot.com.br/
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