O finado, herdeiro da
estirpe, foi-se ao repouso. A viúva, na solidão da propriedade, seguiu adereço
dos filhos. Os brotos, na cidade, querem distância do interior!
Os solos, patrimônio
de gerações, foram alocados à venda. Os sucessores, envolvidos em projetos distintos,
aspiram dinheiro. O inventário findo admite o negócio nos domínios!
Os estranhos, na meia
dúzia de hectares, evidenciam desapego. Os agricultores e sitiantes buscam
lotes no asfalto. O interior, de chão batido, desencoraja aquisições!
Os vizinhos, no outrora,
admitiam importância. Estes, abordados aos sessenta, requerem apartamento de dívidas.
A ideia, nas finais primaveras, incide em curtir a existência!
O bem, no compasso da
espera, avoluma arrendamento nas baixadas. Os matos multiplicam-se nas
encostas. As instalações, no desuso, caem no estrago e ruína!
O caso arrasta-se na imprecisão.
O fato, entre herdeiros, verifica-se banal. As devolutas terras, nos declives e
morros, tomam sentido na direção da reserva ambiental!
Os encargos, na
legalização e manutenção, carecem cobrir perspectivas de lucros (nas vendas). Vários
lotes, no espólio de netos, assumem inviabilidade do potencial de comércio!
As áreas, no desamparo,
desencorajam dividendos. As florestas tolhem empregos, rendas e tributos. As
estradas, na conservação, nutri-se obrigação da fazenda pública!
Os ciclos econômicos alternam concepções de vida. As ofertas
de trabalho, nos meios urbanos, suplantam iniciativas de continuação e
manutenção no campo!
Guido Lang
“Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/zoom-no-mato-verde-36163.htm
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