sábado, 14 de maio de 2016

A infindável conta


O casal, na falha de orientação, acorreu no propagado modelo. A casa e chácara, na ampla dimensão, foram contraídas no tempo. O júbilo, na ocasião, constituía bonança e força. Os bens, no ônus da conservação, descreveram aborrecimentos e dispêndios. As obrigações, na rotina, incidiam em consertos e melhorias. Os investimentos, em ganhos e momentos, submergiam dividendos e energias. A papelada, na atualização das inscrições, acorria em gastos e tormentos. O fato, na vivência, despontou equívocos nos procedimentos. As posses, no saliente, inscrevem amuamentos. O possuidor, no abjeto proveito, escasseia do deleite e usufruto. A ganância, no fisco, escreve contínuos ônus e contratempos. O sujeito, em proprietário, quase não dá conta das cobranças. O segredo, em patrimônios, subsiste em ostentar limitado ao necessário. A burrice, na sociedade de consumo, calha em atulhar-se de mercadorias e serviços. Os favorecidos, no “velado socialismo estatal”, recaem nos excluídos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.contepcursos.com.br/

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