segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O ardor no barato


O condutor, nas saídas e vindas, nutria paixão e uso pela motocicleta. A moto, no abjeto custo e presteza, assistia-se invencível na economia. A quilometragem, nas exacerbadas extensões, exigia limitação nos custos. A chuva e frio, na estação da invernia, constituíam problema e receio na saúde. A vanglória, no carro espaçoso e luxuoso, incidia na concepção do desperdício e fausto. O gasto, nas obrigações e sustentações, exigia maior volume em divisas e trabalho. As descortesias, na condução de carregações, eram resolvidas no paliativo e resignação. A boa capa (chuva), na mutação dos climas (nos arrastos), sanava parte dos embaraços e estorvos. As poupanças, no fruto da apropriada gerência, acolhiam ensino aos filhos, mantimento de sítio, mimo subjetivos... O indivíduo, no ensejo de estimar auferidos bens, faz forçoso sacrifício e suor. Os custos, na produção, alternam na extensão da ciência e coerência. A pessoa, na economia, precisa perpetrar muito com pouco dinheiro.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.salomaomedeiros.com.br/

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