terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O ardil do crochê


A servidora, na manha das intermináveis reuniões, instituiu serviço e subterfúgio. As discussões, na circunstância das reuniões, acontecem no atraso e são infindáveis. A representação, no ente de idosos, acorda no recinto das políticas públicas. A cidadã, na “macaca imunizada”, buscou precaver-se das indisposições. O desperdício, em folga e tempo, sobrevém no desempenho. O farto material, no crochê, é carregado na bolsa. Os encontros, nas muitas cantilenas, calham no desprovido. As peças, no vestuário, incidem na contínua confecção. O retorno, na alegria e distração, sobrevém no ser útil. Os parcos emanados, nas deliberações, comportam capricho e serviço. Distintos imprevistos, no modelo, somam-se no ministério. Os elevadores, no mau amparo, ficam trancados na pane. Os coletivos, nas linhas, acorrem na demora do decurso. Os negócios, na agitação, caem em longas filas... O tempo, no ínterim, surge sorvido. A disposição, no ser benévolo e fecundo, acorre na riqueza e sorte.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.bolsademulher.com/

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