O ancião, em
encanecido festeiro (colonial), achou-se na festa. O baile, em acalorado
ambiente urbano (em afamado clube), caía na domingueira. O público, em
variável, afluía das distantes paragens. O prazer, em bebidas e chamegos, ruía
na intensa conversa e melodia. O vivente, em múltiplas cervejas (pagas),
custeou outra rodada. A companhia, em jeitosa e jovem madame, merecia alegria e
apreço (da ocasião). A contenção, em parcos anos de vida (em expectativa), findou
esquecida (em sabedor). A fala, em compatrício, foi: “Os folgados, em
herdeiros, desfrutarão do despojo. O ente, em finado, acaba velado e enterrado
no apressado”. O juízo, em presentes do ritual, incide na avaliação: ‘Outro a
menos para atrapalhar e incomodar em avançada idade’. A bonificação, em infeliz
epílogo, calha em cheia pá de terra. A pessoa, em relações sociais (em parco
tempo), decorreu em contumaz esquecido. O exemplo, em sábio, profere próprio
modelo. A vida, em bons tempos, vale
pelo vivido.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: http://oblogdojoseandantas.blogspot.com.br/
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