O galo,
no desígnio da reprodução, contraiu mania do passeio. As idas e vindas, no habitual,
caíam no domínio do vizinho. O harém, no estranho pátio, fora estabelecido. O descanso,
no crepúsculo, exprimia retorno às raízes. O trato, na cota diurna, acontecia
na gentileza do milho. O serviço, na cobertura das fêmeas, fora ignorado no benefício.
O dono, no real do pátio, avaliava apenas o material. As cantigas, no invariável
das ocasiões, foram igual desconhecidas. Os lembretes, na vista de hostis (mormente
gatos e gaviões), adentraram na ninharia. A exata hora, no cochilo, incidiu na amostra
da ração. A ave, na vista das galinhas, atraiu e levou na ingestão. A jaula, em
cadeia, fora armada ao acanhado. O engodo, no sufoco do alarido, implicou “na panela”.
O bípede, na vivência, perpassou como mero ente. Os humanos, na “angústia do bolso”,
falecem na medição das ações e serviços. Os
encargos, no gasto dos terceiros, resultam nos artifícios arrojados e imprevistos.
Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”
“Fragmentos de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://esportes.r7.com/