Um cachorro, depois de
certa idade, acabou doado. O dono original, por falta de espaço no terreno,
resolveu transferi-lo às colônias.
O animal, no novo local,
realizou-se como ser. Ele conheceu a liberdade das correntes. Este debruçou-se
sobre as caçadas e passeios!
O bicho, nas idas e
vindas, conheceu macegas, matos e roças. As caçadas, como passatempo predileto,
tornaram-se uma obsessão!
Quaisquer oportunidades
viam-se aproveitada para devassar ambientes. O tratador, na compreensão canina,
fazia escassas incursões no interior da propriedade!
O cão, depois de uns
meses, achegou-se ao vizinho. Este, a cada dia, ia e vinha do interior das
plantações. Um prato cheio constituía-se na alegria e felicidade!
As companhias, ao
patrão opcional, tornaram-se uma opção e rotina. A casa colonial, no interior
dum lugar ermo, viu-se desguarnecida e relegada na vigilância.
O cachorro, em função
do hábito dos passeios, adotou novo lar. A antiga moradia, do segundo dono, viu-se
deixada às moscas.
Os graxains, lagartos,
iraras e raposas, com frequência, atacaram o ambiente das galinhas. A ausência
canina, em função da carência de cheiros, reforçou a ousadia da fauna.
O dono segundo, para
não deixar acorrentado o animal, procurou tratá-lo deveras bem. Este achou em
poder reverter uma situação adversa.
O passatempo das
caçadas, como vocação, falou mais alto do que os frequentes mimos. As esporádicas
visitas não davam conta das exigências de guarda.
O morador, diante do desleixo,
resolveu adotar outros dois jovens. Eles, treinados na função, levaram a
dispensa dos serviços. O ousado fujão pode seguir sua sina!
O criador fez descaso
das suas eventuais visitas. Os mimos e tratos cessaram na proporção dos descasos.
Ele retribuiu as gentilezas! Quê se planta, colhe-se aqui!
Alguns não tem como ajudar! Cachorros preferem escolher
seus reais donos! Indivíduos fazem o bem, porém nem sempre vêem-se retribuídos
nas gentilezas.
Guido Lang
“Singelos
Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem:
Nenhum comentário:
Postar um comentário