Uma dupla, a uns bons
anos, trabalham como colegas. Estes, dentro das possibilidades, prestam favores
mútuos. “Ninguém pode ser uma ilha neste
mundo”. O trabalhador, para o parceiro, pediu a consideração de fazer a
gentilezas duma compra. O pedinte, no momento, não poderia ir ao comércio e,
portanto, solicitou o favor da aquisição dum artigo.
O cidadão, com
dinheiro antecipado, aceitou o desafio.
Nada de primeiro pagar do seu bolso e depois esperar o ressarcimento
alheio. Sem dinheiro não haveria gentileza! O dinheiro dá as coordenadas dos
comportamentos e relações. Sem grana nada de maiores conversas. Uma sociedade
dominada entre o ter ou não ter. As diferenças sociais residem neste princípio.
O camarada chamou
atenção como consumidor. Este, apesar da singela encomenda, deu-se o trabalho
de pesquisar preço. Pediu valores em bazares e farmácias. Uns modestos chás
como mercadorias. Uma acentuada diferença de preço verificou. O valor de dois,
nas farmácias, dava para comprar três nos bazares. Acabou, sem maior dúvida,
comprando nalgum último. O interessante relacionou-se ao procedimento. O cidadão
deve a maior consideração pelo dinheiro: “valorizou o alheio como fosse o seu”.
Poucas pessoas, nestes dias agitados e de ganância, ainda procedem dessa
maneira (gentil e sábia). Encontram-se, apesar dos muitos relatos de histórias
e tragédias, “gente boa neste mundo”.
Outro item chamativo
relacionou-se aos custos de produção. Os encargos e lucros, de qualquer
maneira, precisam sair do bolso dos consumidores. Eles são usuários dos
serviços, portanto, precisam custeá-los nas compras. Chama atenção uma realidade:
uns conseguem oferecer/produzir bem mais barato os serviços que outros. Quem
mantém encargos sob controle, oferece preços mais em conta. Outras lojas, com
estruturas amplas e localização central, obrigam-se a repassar os custos
maiores. Consumidores, em outras realidades, pouco caso fazem da pesquisa.
Compram na primeira oportunidade e carecem de desperdiçar tempo. O luxo e
ostentação oneram a produção. Cada qual precisa saber das suas necessidades e
“até onde a coberta alcança”.
O indivíduo, no cotidiano da vida, obriga-se a entender
de economia e a ser economista. Conhecer as estratégias dos negócios é sinônimo
de conhecimento e sabedoria. O “pão duro/mão de vaca” faz render e valer o seu
suado dinheiro. Quem valoriza o pouco, o muito costuma acumular. A economia,
num artigo, permite comprar algo mais (como gratificação).
Guido Lang
“Singelas Histórias
do Cotidiano da Economia”
Crédito da
imagem:http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/moedas-de-ouro-18768.htm
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